— Passeio? Pra onde? — Paloma franziu o cenho, desconfiada.
— Até a Praia do Amor. — César encostou o copo na mesa, como quem já tinha a decisão tomada. — Fica a apenas quarenta minutos de Cabaceiras, de carro. Areia branca, águas cristalinas... o lugar perfeito para esquecer teorias malucas.
Paloma ergueu os olhos, surpresa. O coração disparou sem motivo aparente, e ela odiou a sensação de estar tão vulnerável.
— Amanhã é domingo — continuou ele, em tom quase casual, embora houvesse algo de insinuante em sua voz. — Podemos levar um almoço frio, frutas... passar o dia todo lá. O mar tem esse poder de lavar até as culpas mais teimosas.
A menção sutil às “culpas” fez o rosto dela esquentar. Ele estava mesmo se referindo ao julgamento que ela havia feito dele?
— É uma ideia perfeita! — respondeu rápido demais, sem esconder o entusiasmo. — Eu vim de São Paulo direto para a casa da tia Cida e nem pisei nas praias de João Pessoa. Só peguei o carro dela e vim direto pra cá.
— Vir à Paraíba e