César segurou-a pelo cotovelo com firmeza e a conduziu até uma mesa rústica, ladeada por bancos de madeira gastos pelo sol e pelo tempo.
O aperto fez o braço de Paloma latejar, mas ela não deu o gosto de reclamar. Não sabia se ele fazia aquilo de propósito ou se simplesmente ignorava o fato de que não tinha noção nenhuma da própria força.
Quando chegaram, ela se sentou no banco, posicionando-se o mais longe possível dele. Se pudesse, teria se sentado na mesa vizinha.
— Pois então, qual é a sua desculpa? — perguntou, com um ar entediado, desviando o olhar para os cavalos no curral, como se eles fossem muito mais interessantes.
— Não entendo a sua atitude em relação ao dinheiro que enviei para sua tia — disse ele, em tom controlado, quase burocrático. — A companhia não tinha a menor obrigação legal de mandar nada.
— Ah, claro… então o senhor fez isso por pura bondade cristã — retrucou ela, carregando o sarcasmo na voz. — Perdoe-me, Sr. Monteiro, eu não tinha percebido que estava na pres