Paloma voltou para o carrinho e ligou o motor, mas as mãos úmidas denunciavam que a raiva e o choque ainda estavam lá.

César era casado!

Claro que era! O que ela estava pensando? O homem tinha o quê… uns trinta anos, bonito até dizer chega e, lógico, não ficaria sozinho nem numa ilha deserta. Ela deveria ao menos ter suspeitado de uma namorada, no mínimo.

Mas o que ela não entendia, e isso a deixava com vontade de bater a cabeça no volante, era: por que ele nunca mencionou? E por que, diabos, passava a vida a chamando de “moça bonita” como se fosse um solteiro disponível no mercado?

O rosto dela queimou quando flashes de memória vieram à tona: a excitação que ele provocava, as noites acordada, deitada na cama, lembrando dos olhos irônicos, do sorriso quase diabólico, do peito bronzeado… Nunca, em toda a vida, um homem tinha mexido assim com ela. E ele… era casado!

Estava prestes a sair da propriedade quando uma Ranger Raptor vermelha entrou pelo portão.

Paloma freou bruscamente, o cor