Ela era só mais uma humana entre milhares — até cruzar o caminho dele. Damon Valtor, um vampiro antigo, proibido, perigoso e sedutor. O que começa como um jogo de poder logo se transforma em algo mais profundo e insaciável. E quando o desejo fala mais alto que o medo, não há sangue, regra ou escuridão capaz de impedir o que nasce entre os dois.
Ler maisO quarto estava silencioso, exceto pela nossa respiração descompassada. Damon me olhava de cima, os cabelos caídos na testa, os olhos agora estavam vermelhos como brasas. A cama sob mim estava amassada, marcada, impregnada com nosso cheiro.— Não acabou — ele rosnou, baixo, a voz rouca arrastando um arrepio quente pela minha espinha.— Então me possua — sussurrei, puxando-o de volta para mim, com as pernas envoltas em sua cintura.Ele me virou de lado com um movimento firme, uma das mãos segurando meu quadril, a outra guiando seu pau inchado de volta para dentro de mim. Gemi alto quando ele me preencheu até o fundo, num único estocar profundo e possessivo. Seu corpo colou ao meu, a respiração em minha nuca me fazendo estremecer.— Você é apertada demais, Elara… sempre me recebe como se seu corpo fosse feito pra mim — ele murmurava contra minha pele, mordendo meu ombro com as presas afiadas, mas sem romper a carne. Ainda.Ele começou a se mover devagar, puxando quase até sair por compl
A maçaneta girou em minha mão com um estalo baixo, e empurrei a porta com a força de alguém prestes a desmoronar. O quarto estava na penumbra, iluminado apenas pelo reflexo pálido da lua que entrava pela janela.Damon estava ali. Sentado numa das cadeiras perto da mesinha de canto, analisando mapas, anotações, relíquias antigas. Mas assim que me viu, sua expressão mudou. Seus olhos me fitaram com intensidade, e ele imediatamente percebeu. Não era preciso dizer uma palavra. Eu estava destruída.Mas eu não ia desabar...Não hesitei. Atravessei o quarto com passos decididos, e antes que qualquer palavra pudesse sair de sua boca, me sentei em seu colo, com as pernas de cada lado, envolta em sua presença. Meu peito arfava, a dor me rasgava por dentro, e tudo o que eu queria naquele momento era apagar o mundo — nele.— Elara… — ele começou, confuso, segurando minha cintura. — O que aconteceu?— Eu preciso de você — sussurrei, com a voz falha, os olhos ardendo. — Agora.Minhas mãos buscaram
A tigela de sopa ainda fumegava em minhas mãos quando parei em frente à porta de Loran. Respirei fundo. Parte de mim queria simplesmente deixar a comida ali e seguir meu caminho. Mas outra parte — a que ainda lembrava que ele era o pai da minha amiga, — me fez erguer a mão e empurrar a porta devagar.Não estava trancada.A madeira rangeu suavemente, e meus olhos encontraram Loran em pé, de costas para mim, parado diante da janela, os braços cruzados. A luz da lua atravessava os vidros e moldava sua silhueta de forma quase espectral. O quarto estava mergulhado num silêncio denso, e por um instante hesitei. Caminhei até o criado-mudo ao lado da cama e coloquei a tigela ali, tentando não fazer barulho.Quando me virei para falar, sua voz me cortou.— O que você quer ganhar com isso?Fria. Dura. Tão diferente do Loran que conheci um dia.Pisquei, surpresa com a acusação disfarçada de pergunta.— Eu não quero ganhar nada — respondi, dando um passo à frente. — Só… só não queria que você fic
O círculo de pedras vibrava sob meus pés.Chamas azuis dançavam em espirais nas minhas mãos, instáveis, ferozes. O campo de treinamento ainda estava mergulhado naquela neblina espectral, mas dessa vez, não tinha espaço para contemplações. O tempo era meu inimigo e o poder dentro de mim, uma fera faminta.— Concentre-se, Elara! — a voz de Isabel cortou o ar como um chicote. — Você está canalizando energia demais! Controle ou será consumida!Cerrei os dentes, o corpo inteiro tremendo com o esforço. Eu tentava manipular a energia do fogo — não o fogo físico, mas a essência dele, aquela que queimava por baixo da pele do mundo. Cada respiração fazia a chama pulsar, querendo escapar, fugir, destruir.Damon observava da borda do círculo, com os braços cruzados, olhos cravados em mim como lâminas. Lysander estava ao lado dele, com um grimório aberto, dedos sujos de giz, pronto para registrar cada erro que eu cometesse.— Você está puxando do solo, não do ar! — ele gritou. — Isso distorce a fo
O céu das Terras Escarlates ainda estava tingido de tons de cinza quando Isabel me acordou. Seu rosto era uma máscara de seriedade, e não havia qualquer gentileza em sua voz. Apenas urgência.— Levante-se. Não temos tempo a perder.Saí da cama sem protestar. Meus músculos ainda estavam cansados, o jantar da noite anterior ecoava em minha mente como um alerta constante. A partir dali, cada dia seria contado como um passo em direção ao abismo — ou à salvação.Vesti a túnica escura que deixaram para mim. O tecido era leve, mas resistente, como se preparado para suportar muito mais do que simples treinos. Desci em silêncio, sentindo o frio da manhã me cortar como pequenas lâminas invisíveis. Isabel me aguardava no pátio interno, onde a neblina ainda se agarrava às pedras como um véu espectral.Ela não disse uma palavra. Apenas ergueu a mão e fez um gesto para que eu a seguisse.Fomos para os campos de treinamento. Um lugar isolado, cercado por árvores retorcidas e estátuas antigas que mai
O jantar estava montado como se esperassem por uma celebração. A mesa era longa, coberta por uma toalha de linho escarlate, com castiçais de prata iluminando os pratos fumegantes.Damon estava à cabeceira, a postura tão firme quanto uma lâmina cravada no chão. Eu me sentava à sua direita, com Isabel ao meu lado. Loran ocupava a ponta oposta, o olhar distante e a expressão fechada. Lysander, encostado em sua cadeira como um predador à espreita, parecia analisar cada pequeno gesto ao redor.O silêncio era opressor. Um peso invisível que pressionava meu peito.Até que Loran, com sua arrogância habitual, quebrou o silêncio como uma pedra atirada num espelho.— Qual é o plano de vocês, afinal? — Sua voz era fria, impassível. Ele não tocava na comida, nem mesmo olhava para ela. — Porque até agora, só vejo tempo sendo desperdiçado. A minha filha ainda está desaparecida — ele franziu o cenho, fitando Damon e depois a mim. — E a verdade é que, com sorte, ela ainda esteja viva.Um choque atrave
Último capítulo