As últimas batidas do meu coração ainda ecoavam dentro do meu peito. Meus lábios ainda ardiam pelo beijo que havíamos compartilhado, tão proibido quanto inevitável. Damon estava diante de mim, e por um momento, nada mais existia. A floresta em volta se calou, como se até ela tivesse medo de interromper aquele instante.
Mas o silêncio não durou muito.
— Isso... isso não deveria ter acontecido — murmurei, recuando um passo. Minhas pernas ainda estavam trêmulas, e eu não sabia se era pelo beijo ou pelo homem à minha frente.
Ele deu um meio sorriso, aquele que me tirava o ar.
— Mas aconteceu, Elara. E você correspondeu.
Engoli em seco, sem saber como negar aquilo. Porque ele estava certo. Eu tinha correspondido. Cada centímetro do meu corpo havia gritado por ele.
— Você é um vampiro... Eu sou humana. Isso é errado.
— Errado para quem?
— Para todos! — rebati, a voz mais alta do que pretendia. — Para mim, para você, para qualquer um. Não tem como isso dar certo. Não existe um "nós".
Ele se