A maçaneta girou em minha mão com um estalo baixo, e empurrei a porta com a força de alguém prestes a desmoronar. O quarto estava na penumbra, iluminado apenas pelo reflexo pálido da lua que entrava pela janela.
Damon estava ali. Sentado numa das cadeiras perto da mesinha de canto, analisando mapas, anotações, relíquias antigas. Mas assim que me viu, sua expressão mudou. Seus olhos me fitaram com intensidade, e ele imediatamente percebeu. Não era preciso dizer uma palavra. Eu estava destruída.
Mas eu não ia desabar...
Não hesitei. Atravessei o quarto com passos decididos, e antes que qualquer palavra pudesse sair de sua boca, me sentei em seu colo, com as pernas de cada lado, envolta em sua presença. Meu peito arfava, a dor me rasgava por dentro, e tudo o que eu queria naquele momento era apagar o mundo — nele.
— Elara… — ele começou, confuso, segurando minha cintura. — O que aconteceu?
— Eu preciso de você — sussurrei, com a voz falha, os olhos ardendo. — Agora.
Minhas mãos buscaram