Mundo ficciónIniciar sesiónO bem é o mal se enfrentam numa batalha ancestral, a magia quase se extinguiu do mundo dos mortais. A deusa da natureza despertou de um sono de 2000 anos, os terrores alados varreram toda vida do antigo continente, os últimos humanos sobreviventes fugiram para uma ilha distante sobre a proteção de Minerva, a deusa da humanidade. Do naufrágio de um jovem Minotauro nas costas da mais importante cidade humana até assolação produzida pelas profanas relíquias samariedon, passando por intrigas, amores impossíveis e ambições desmedidas , acompanharemos a história de amor entre O minotauro Isfahan, que acredita ser o ultimo de seu povo e a jovem Virgínia princesa do reino de Nara, uma jovem a frente do seu tempo que sonha em ser professora e decide ajudar Isfahan a enfrentar o preconceito e conquistar o seu lugar junto aos humanos.
Leer más(Reino Espiritual, A.G.M*)
A deusa Nara adentrou o imenso jardim criado por sua irmã Minerva, era um local de beleza estonteante: flores exóticas, pássaros de plumagens deslumbrantes.
Um clima suave e agradável enchia o ambiente e o som de uma música serena tornava tudo perfeito.
No centro do jardim um lago de águas cristalinas refletia a luz do sol, sentada no galho de uma árvore exuberante estava Minerva, sua irmã e sua algoz.
Há muito tempo quando fora forçada a fugir do seu planeta natal para preservar sua vida, Nara era pouco mais que uma criança, com poderes divinos, mas apenas uma criança sem ninguém a quem recorrer.
Sozinha teve que amadurecer rápido, tornou-se forte como precisava ser para sobreviver num deserto maldito.
Tornara trevas em luz, dera brilho e vida aquele mundo morto, o transformara num lugar de extrema beleza repleto de vida vegetal e animal. Apesar de todos os seus esforços não fora, contudo, capaz de suprir a imensa solidão que a atormentava.
Nara conhecera a vida em grupo, sabia o que era ter alguém igual a si, com quem pudesse dividir seus pensamentos e emoções, alguém que a compreendesse e a aceita-se.
Por isso num momento de absoluta insensatez criara Minerva. Um ser como ela, uma deusa com poderes inferiores aos seus, mas mesmo assim muito poderosa.
Assim que viu Minerva, Nara a amou tal qual uma mãe, Minerva era linda, alegre e exuberante! Encheu seu mundo de alegria, embora ciente de que cometera um erro, ela jamais teria coragem de voltar-se contra sua irmã.
Ela ensinou-lhe seus valores, mostrou-lhe seu mundo, amou-a incondicionalmente.
O som de um galho movendo-se arrancou Nara de seus devaneios, Minerva saltou do galho e postou-se diante da irmã, os cabelos negros lisos até a altura dos ombros esvoaçando com a brisa.
Ela tinha uma constituição suave e delicada, seu corpo perfeito estava coberto com um vestido lilás transparente sobre os ombros um véu branco translúcido.
As feições perfeitas estavam duras, frias e insensíveis, destoando completamente dos olhos que espelhavam uma centelha de arrependimento.
Esta centelha quase foi o suficiente para fazer Nara fraquejar, mas a lembrança da traição da irmã voltou vivida e forte.
Minerva encarou a irmã e numa voz destituída de emoção disse:
´ -Que bom que acordou querida irmã, senti sua falta.
-Como pode Minerva! Eu lhe dei a vida e em troca me condenaste a um sono de 2000 anos!
- Foi preciso querida irmã, você se negava a ouvir o bom senso - respondeu Minerva com tranquilidade.
- Bom senso! - explodiu Nara - O que você chama de bom senso é loucura!
-Não, minha irmã - retrucou Minerva - sem se deixar intimidar pela fúria da irmã - Somos deuses! Não nascemos para regar jardins e nos dedicarmos a animais irracionais que se quer podem reconhecer os nossos esforços. Nascemos para sermos adoradas, veneradas, é para isso que existimos! Foi isso que eu te dei! Um mundo repleto de criaturas magníficas para te adorarem e te darem louvor.
-Sua tola! Não sabe que está adoração é um rastro que trará nossos inimigos até nós! - Exclamou Nara destilando indignação.
- Penso que vale apena correr o risco - respondeu Minerva suavemente.
- Você pensa! - explodiu Nara - Não me importa o que você pensa! Eu criei você, me deve obediência. Saiba que destruí todas as suas criaturas, este mundo voltara a ser como era antes, entendeu?
Minerva fitou a irmã, Nara era um pouco mais baixa seu corpo envolto num manto transparente continha formas atléticas e exuberantes. Os longos cabelos da cor do mar, suavemente ondulados desciam até os quadris, na orelha uma rosa vermelha, as belas feições transtornadas de fúrias, os olhos azuis como os cabelos mostravam-se frios e implacáveis.
O corpo suave de Minerva estremeceu vítima de uma dor excruciante, ela levou a mão delicada ao coração e uma lágrima brotou de seus olhos e desceu pela face.
- Então você foi capaz? Pensei que você os aceitaria que aprenderia a amá-los como me amou, mas não, você os destruiu!Que culpa eles tinham dos meus pecados? - Indagou com a voz carregada de melancolia.
A dor da irmã era tão sincera que tocou fundo no coração de Nara.
-Você me decepcionou - a acusação não foi mais do que um sussurro.
- Você também me decepcionou! - retrucou Nara - pelo visto teremos que aprender a viver com isso.
- Não importa, eu os criarei novamente, você vai aprender a amá-los - afirmou Minerva com um olhar vibrante.
- Não se atreva eu os destruirei novamente - afirmou Nara.
- Então será uma longa disputa, a qual vencerei, pois, sou movida pelo amor e não pelo ódio e o amor como você mesma me ensinou supera tudo.
- Não estou brincando Minerva, se insistir nessa loucura eu a destruirei.
- É você pode fazer isso - respondeu Minerva - faça isso minha irmã, não deve haver muita diferença entre a morte e está vida sem graça que deseja me impingir.
- Como você pode ser tão ingrata! - exclamou Nara.
- E você tão cega! - devolveu Minerva - Mate-me irmã, por que se não me matar eu criarei outra vez! Mate-me, mate-me!
À medida que falava Minerva aproximava-se da irmã até ficarem separadas por apenas alguns centímetros.
- Não tem coragem, não é? - Indagou Minerva observando o rosto paralisado e sem cor da irmã que a observava sem ação - Nunca teve coragem para fazer o que era preciso, mas eu sim!
- Você vai matar nós duas se continuar com isso! - retrucou Nara cansada.
- Não! - exclamou Minerva tomada de emoção - Vou dar sentido a nossa existência, venha comigo me ajude a criar, minha irmã!
- Não, nunca! - exclamou Nara com veemência! - Se você insistir nessa insensatez eu irei persegui-los, irei esmagá-lo sem a menor piedade, eles não terão um minuto sequer de paz, eu juro por mim.
-Não faça isso! - implorou Minerva - Deixe-os em paz.
-Jamais! - assegurou Nara.
- E se... Se eu os criar dentro das suas leis, é isso! Você me dirá o que pode e o que não pode ser feito. O que acha?
- Não!
- Você gostará deles vai aprender a amá-los, verá como é maravilhoso vê-los clamar por teu nome.
- Isso nunca acontecerá Minerva, nunca!
- Acontecerá minha irmã, porque é o nosso destino! E nem mesmo você é mais forte do que o destino...
(A.G.M- Antes do grande massacre...)
Um mal-entendidoCastelo Caarano...Victória parou em frente a porta do escritório do cunhado tentando esquecer a mágoa provocada pela irmã, Varuna sempre fora uma vadia insensível e pelo visto os anos nem a maternidade haviam amenizado sua crueldade.Ele sempre soubera onde causar o maior estrago, desde quando eram apenas mocinhas, sua língua ferina, sempre fora uma arma potente.Victória não sentia inveja da felicidade da irmã, claro que ficava triste ao ver que a mesma fora abençoada com três filhos lindos enquanto ela tinha que amargar a tristeza da esterilidade, mas ficava triste por si e feliz por ela, jamais lhe desejara nada de mal.Claro que a incapacidade de ser mãe a havia empurrado pra explorar novos caminhos, mas Victória sabia que esta não era sua única inspiraç&atil
Castelo Caarano... Os risos ecoavam pelo salão. Sentados a imensa mesa de jantar a família Carrano escutava entre divertida e fascinada, Victória narrar as últimas fofocas em torno das arenas. Assim que chegara em casa e encontrara com a irmã caçula á quem não via há muitos anos, Varuna ficara imensamente feliz e dera ordens às criadas para criar uma refeição especial para recepcioná-la.Toda família fora convocada a participar do jantar o que deixara Durga um pouco irritado pois tinha planos de ir à casa de Madame Iza desfrutar de prazeres mais compatíveis com sua posição de homem solteiro.Este negócio de reunião era para os homens castrados ou se preferisse casados, mas não para ele.A verdade é que Durga odiava se reunir com sua família, n&at
Castelo Caarano...Isfahan entrou no quarto improvisado que ocupava no calabouço da mansão, haviam feito de tudo para aquele lugar parecer um quarto, mas no fundo não passava de uma prisão, refletiu indignado. O minotauro começou a andar de um lado para o outro sentindo-se um idiota.Será que estava tão apaixonado que perdera suas habilidades mais elementais? Tudo bem que confundir-se a estranha com Virgínia pois elas eram muito parecidas, mas como não fora capaz de perceber que o cheiro não era o da sua amada?O fato é que assim que a vira ficará tão feliz que ignorara todo o resto e acabara se colocando numa situação vergonhosamente incriminadora.Por Minerva! O que aconteceria se a jovem senhora contasse o que tinha acontecido para sua irmã, e está desconfiasse de seus sentimentos por Virgínia?Isfahan sabia muito bem que enquanto lorde Ulisses e a maioria dos criados e soldados haviam aceitado e até mesmo se acostumado com sua
Castelo Caarano ... Victória dirigiu-se a escada que levava aos aposentos onde costumava ficar quando se hospedava na casa da irmã, aquele quarto tinha muitos significados para ela, tantas lembranças, algumas muito agradáveis como quando soubera que já era tia pela primeira vez, outras terríveis como quando Icaro a pegara nos braços do próprio irmão.Victória varreu da mente essas funestas lembranças, pois não eram elas que a incomodavam, mas sim os últimos acontecimentos, uma parte de sua índole mas doce sentia-se péssima por ter tratado tão mal o pobre Isfahan. Todas as evidências apontavam que o homem touro era um sujeito dócil e confiável e não a criatura terrível que ela imaginara. Um pobre naufrago, sozinha no mundo e ela o chamara de monstro e demônio! Adoraria ter um buraco para se enterrar. No entanto o seu outro lado, mas prático e experiente assegurava-lhe que ela havia reagido de forma natural diante de algo tão estranho e que, portanto, não tin
Castelo Caarano…Isfahan tinha saído ao jardim para tomar um pouco de ar e ler com mais tranquilidade, para isso dirigiu-se ao seu cantinho especial,um santuário ideal para quem almejava a solidão.Seu coração estava angustiado, a necessidade de afastar-se de Virgínia rivalizava com o desejo ardente que sentia de procurar sua companhia.Como era difícil manter-se afastado! Só a deusa sabia o quanto ele precisava ser forte para não sucumbir àquela paixão proibida. Apesar do que sentia, Isfahan jamais seria capaz de criar problemas para Virginia, e ele sabia muito bem que qualquer relação entre eles só poderia causar transtornos para sua amada.Estava ainda pensado a respeito daquela situação, quando a avistou ao longe, seus lindos cabelos platinados estavam presos numa trança e pendiam por baixo de um elegante chapéu, seu corpo envolto num vestido na cor turquesa. Ela curvava-se sobre a fonte, provavelmente molhando seu rosto na água fria.Ela leu meus pensamentos pensou o minotauro emo
Castelo Caarano…A carruagem que conduzia lady Victória Caarano parou na frente da mansão real de Nara, lar do regente Ulisses Caarano e de sua querida irmã Varuna a rainha da cidade. Mas de cinco anos se passara desde que estivera ali pela última vez, mas a jovem lady não pôde sopesar a emoção que as tristes lembranças lhe traziam.Fora naquele dia, a última vez que vira seu cunhado Bartolomeu, a despedida entre eles fora uma das coisas mais tristes que Victória já vivenciara.A separação fora proposta por ele, seus argumentos haviam convencido a jovem de que seria o melhor, mas seu coração rebelde continuou sonhando com o impossível, por meses Victória esperara que ele voltasse atrás que a procurasse para repensar sua relação, mas por cinco anos Bartolomeu se manteve irredutível, ele era assim mesmo, um homem de caráter forte e por isso mesmo, Victória o amava.Ela sempre fora uma jovem digna e recatada, apaixonar-se pelo irmão de seu marido foi uma terrível fatalidade, não uma coisa
Último capítulo