POV Rafaella Ferraro
O nascer do sol não trouxe paz.
Rafaella acordou com o som do disparo seco de um alarme no campo de treino improvisado ao fundo da Villa. A brisa da manhã era fria, e o silêncio antes do ruído de passos pesados no cascalho pareceu quase gentil.
Ela vestia calça de tecido grosso, uma camiseta simples e cabelos presos no alto. Salvattore a esperava no pátio, com uma expressão que misturava severidade e orgulho silencioso.
— Hoje você vai aprender a virar arma antes de ser alvo — disse ele, colocando uma Glock 19 nas mãos dela com precisão. — Não é por mim, Rafaella. É por você. Porque daqui pra frente, quem não atira, morre.
Rafaella engoliu em seco, sentindo o peso do metal nas mãos. Aquilo não era só uma arma, era a marca do novo caminho que teria de trilhar. Salvattore ficou atrás dela, guiando seus movimentos com paciência e precisão. O calor do corpo dele a envolvia, mas não era desejo — era sobrevivência. A primeira bala disparada ecoou como uma sentença. Ela