Ponto de vista de Salvattore Bianchi.
O silêncio no salão subterrâneo da Villa Bianchi era pesado, tenso. A mesa de carvalho escuro estava cercada pelos chefes das famílias aliadas — homens que, como ele, tinham sangue nos olhos e cicatrizes na alma. Salvattore se manteve em pé, as mãos cruzadas atrás do corpo, o olhar fixo na parede à sua frente. A cabeça pesava com o fardo do que estava por vir.
O atentado ao navio ainda latejava como uma ferida aberta em sua mente. Tinham perdido seis homens. Seis. Entre eles, Gianni — um dos melhores soldados que já passaram pela casa Bianchi. Leal, eficiente, discreto. Um homem que dava orgulho de carregar o brasão da família. Agora, seu corpo carbonizado jazia em pedaços sob o mar, e sua ausência pesava como chumbo na consciência de todos ali.
— Não há mais tempo para hesitação. — A voz de Matteo, o Don, cortou o ambiente como navalha. — Eles querem sangue. Daremos sangue. Mas no campo deles. Do nosso jeito.
Salvattore assentiu com um leve movi