POV Salvattore Bianchi
Seis meses.
Seis meses desde que voltamos do Brasil, deixando para trás o adeus mais difícil das nossas vidas. E ainda assim, o coração estava sereno.
Rafaella preparava cada detalhe com carinho para o aniversário de um ano do nosso filho. Máximo Giuseppe. Nosso pequeno milagre. Ela dizia que queria algo simples, íntimo. E foi exatamente o que fizemos: apenas a família, no salão principal da casa de Matteo — porque, é claro, Matteo não aceitaria outra opção.
Estávamos cercados de lembranças, de amor, de vida. Rafaella quase não carregava mais as cicatrizes do passado — físicas ou emocionais. Ela era a mulher mais forte que eu conhecia, e ainda assim a mais doce. Às vezes, era engraçado pensar como aquela garota teimosa e desconfiada tinha tomado meu coração de forma tão brutal e completa. Ela era minha luz.
Estava sentado no sofá da sala, observando a decoração com balões azuis e dourados, pequenos girassóis escondidos entre as flores — ideia de Chiara, claro. T