POV Rafaella Bianchi
Acordei com a luz suave da manhã filtrando pelas frestas da cortina. O silêncio que pairava na casa era estranho, quase incômodo. Máximo ainda dormia ao lado de Salvattore, respirando tranquilo, e por um instante, sorri ao vê-los tão serenos. Mas aquele silêncio… algo me incomodava.
Vesti meu robe e caminhei pelos corredores da casa onde cresci, agora tão cheia de memórias e fantasmas doces do passado. Estranhei o fato de não ouvir a voz da minha avó chamando para o café ou o som do rádio antigo que meu avô gostava de deixar ligado.
Parei diante da porta do quarto deles e bati suavemente.
— Nonni? Está tudo bem?
Nada.
Esperei alguns segundos e bati de novo, com mais firmeza.
— Benedicta? Enrico?
Quando não houve resposta, empurrei a porta devagar, temendo o que poderia encontrar. O quarto estava banhado pela luz dourada do sol, e no meio da cama, eles estavam lá. Abraçados.
Meus pés congelaram no chão.
Me aproximei com o coração acelerado, sem querer acreditar no