A loira assentiu, calada, tentando desacelerar o coração.
Voltaram a ficar de pé, ele ficou sério de novo, mas havia um traço suave no olhar que antes era apenas firmeza.
— Antes de qualquer coisa, você precisa dominar o seu dom. A luta é importante, mas sua força real está em aqui — apontou para o peito dela — e aqui — disse, tocando de leve a têmpora da garota.
— Você quer que eu leia emoções.
— Com precisão. Saber o que os outros sentem pode salvar sua vida em batalha. Ou destruir um inimigo sem precisar encostar nele.
Ela baixou os olhos, hesitante.
— Eu não sei se consigo controlar. Às vezes, é como um tsunami, me afoga.
— Então vamos começar devagar. Quer tentar como humana ou...?
Ela olhou para ele, o rosto ficando vermelho.
— Eu... Eu me transformei poucas vezes, não sei como fazer direito.
River a observou em silêncio por alguns segundos. A transformação deveria ser natural para os lobos, ganhavam-na aos onze anos de idade e era como uma criança que aprendia a andar não se e