O acampamento de Atlas fervia em tensão, as fogueiras queimavam alto, o cheiro de ferro e suor se misturava ao vento. Três batedores se ajoelharam no centro, diante do rei, com a cabeça baixa. Atlas estava em pé, braços cruzados, o olhar como lâmina.
— Repitam — ordenou, a voz cortante. — O que vocês disseram?
O primeiro tentou falar sem gaguejar.
— Encontramos o monstro, meu rei. No cânion, ao norte. Mas... fomos atacados por raposas.
Atlas se inclinou levemente.
— Raposas?
— Sim, senhor. Eram metamorfos, duas, elas nos… Nos expulsaram e salvaram o monstro.
O segundo batedor se apressou em acrescentar:
— Elas protegeram a fera, meu rei. Nos... achamos rastros humanos. Pareciam ter saído de uma caverna próxima, mas quando voltamos com reforços, já tinham sumido.
Um silêncio pesado caiu sobre o grupo, Atlas andou devagar até eles, os passos firmes, o som seco das botas ecoando no chão de pedra.
— Então vocês... — ele começou, em tom calmo demais — encontraram a fera. E... deixaram q