Dois dias se passaram desde que o cânion virou casa do grupo, não tinham mais relógios se guiavam pelo sol, Tailon era o melhor nisso, sempre sabia com certeza ou quase que horas eram. A caverna tinha ganhado alguma cara de refúgio: mochilas empilhadas num canto, arrumaram um colchonete velho numa das explorações de Tailon, os panos foram dobrados e postos uns em cima dos outros para ampliar a cama improvisada, garrafas d’água cheias da água do lago que havia numa das cavernas, uma lanterna pendurada por um mosquetão numa saliência da rocha, um kit de primeiros socorros aberto sobre uma caixa plástica com remédios.
E a fera, claro, enorme, tentando ocupar menos espaço do que tinha.
Amber e Lua separavam gaze, pomada e analgésico numa toalha de microfibra enquanto Caleb dormia, encolhido da forma mais confortável possível. A fera sempre deixava a cama improvisada para os três e dormia no chão Amber e Lua sempre o cobriam com alguns cobertores. Ele melhorava devagar, falava mais, tinha