Quando Lua abriu os olhos, o teto familiar do quarto a recebeu com uma calma estranha. O coração dela disparou imediatamente, lembrando do que havia acontecido na noite anterior, o frio na espinha veio junto, acompanhado da lembrança do rugido, da transformação, dos olhos vermelhos e... do abraço.
Ela se ergueu de súbito, mas logo sentiu a cabeça pesar e o mundo girar ao seu redor, voltando a cair no travesseiro. Do lado dela, sentada numa cadeira e quase cochilando, Amber pulou de susto com o movimento.
— Lua! — exclamou, inclinando-se para perto, os olhos claros cheios de alívio. — Graças à deusa, você acordou.
Lua piscou algumas vezes, a garganta seca.
— Onde... onde está ele? — murmurou, a voz rouca. — Onde está o meu monstrinho?
Amber congelou por um segundo, franzindo a testa, sem entender nada.
— Monstrinho? — repetiu confusa. — Lua, você estava sozinha na mata, seu pai te achou sozinha numa clareira, não tinha ninguém com você. Eu tava tão assustada, achei que ele tinha te at