O amanhecer encontrou Luna aninhada no peito de Leonel, os corpos entrelaçados sob a manta rústica do chalé. Pela primeira vez em semanas, ela se permitiu sonhar com um futuro que não fosse moldado pelo medo — mas a realidade não demoraria a bater à porta.
Leonel passou os dedos nos cabelos dela, como se gravasse cada traço da mulher que agora era dele em todos os sentidos.
— Ainda temos um caminho difícil pela frente — ele disse, a voz baixa, grave.
Luna ergueu os olhos para ele, determinada.
— Não importa. Eu não vou mais fugir. Se César quiser guerra, ele terá.
Leonel sorriu de canto, orgulhoso da força que ela demonstrava. Mas antes que pudesse responder, o celular que havia deixado na mesa vibrou violentamente.
Ele se esticou, ainda nu, e pegou o aparelho. O sorriso desapareceu.
— É o Rafael — disse, atendendo rapidamente. — Fala.
A expressão de Leonel ficou sombria a cada palavra que ouvia.
Luna sentou-se na cama, segurando o lençol contra o peito, alarmada.
Quando ele desligou,