O bilhete anônimo repousava sobre a mesa como uma sombra ameaçadora. As palavras, recortadas de jornal, pareciam pulsar com um aviso sombrio: “A próxima jogada é minha. Se preparem.”
Luna sentou-se ao lado de Leonel, o olhar fixo na folha. O silêncio entre eles era carregado de tensão. Por alguns segundos, nenhum dos dois ousou quebrar a quietude. Era como se qualquer palavra pudesse trazer à tona o próximo movimento de um inimigo invisível.
— Isso confirma que Pedro não agia sozinho — disse Luna, finalmente.
— E que quem está por trás disso quer nos provocar. Testar nossos limites — completou Leonel, com o maxilar tenso.
Luna franziu o cenho.
— Essa tipografia… essa forma de comunicação… me lembra algo.
Ela se levantou, foi até a estante e puxou uma antiga caixa de documentos, onde guardava papéis de investigações anteriores e recortes que juntou por instinto ao longo dos anos. Leonel a observava, curioso.
— Você tem um arquivo pessoal sobre isso?
— Não exatamente. Mas... — ela tirou