Na madrugada silenciosa, o som de cliques rápidos ecoava pelo laboratório improvisado no Grupo Bragança. Tiago, de olhos fixos no monitor, analisava linha por linha do código extraído do computador antigo. Cada comando, cada fragmento de informação parecia carregado de segredos.
— Aqui está… — murmurou, ampliando a tela.
Os acessos recentes revelavam muito mais do que tentativas de invasão: mostravam uma rotina. Alguém vasculhava documentos confidenciais, memorandos internos e, o mais alarmante, arquivos pessoais de Luna e Leonel.
— Não é só espionagem industrial — ele disse a si mesmo, com o cenho franzido. — É pessoal.
Enquanto isso, Leonel dormia apenas superficialmente. Desde que descobriram o terminal ativado, sua mente permanecia em alerta constante. Algo não fechava. O uso de um computador ultrapassado, o local estratégico, a pulseira deixada para trás… Tudo parecia orquestrado com precisão.
Ao amanhecer, o relatório de Tiago chegou à mesa de Leonel. Ele leu cada página com ate