Luna não tirava os olhos da tela do computador. As informações estavam diante dela, mas algo ainda escapava à sua percepção — como se as peças do quebra-cabeça estivessem todas ali, só que levemente desalinhadas, dificultando a conclusão.
Tiago apareceu na porta de sua sala.
— Analisei os acessos da Carolina — disse, entrando com uma expressão sóbria. — E, de fato, há registros que indicam atividade na estação dela nos horários em que não havia ninguém fisicamente no prédio.
Luna ergueu os olhos.
— Alguma evidência de que o terminal foi acessado remotamente?
— Sim. O sistema registrou um log de acesso via controle remoto em três ocasiões. E adivinhe? Usando credenciais administrativas desativadas.
Luna se levantou, com o coração batendo mais rápido.
— Então alguém com conhecimentos avançados em TI, ou com acesso privilegiado ao sistema, está manipulando as máquinas de dentro da empresa?
— Exatamente. E isso não é algo que se consegue da noite para o dia. Estamos lidando com alguém que