O amanhecer chegou mais cinzento do que nunca. Pela primeira vez em muito tempo, Leonel acordou com Luna aninhada em seus braços, sentindo sua respiração calma, seu cheiro doce e acolhedor. Ele apertou-a contra seu peito, como quem teme que, ao abrir os olhos, tudo aquilo não passe de um sonho.
Mas não era.
Eles estavam ali. Juntos. Vivos. Depois de tudo.
Leonel passou a mão nos cabelos dela, beijando sua testa suavemente.
— Eu poderia ficar assim pra sempre — sussurrou, sentindo o corpo dela se encolher ainda mais contra o dele.
Luna ergueu o olhar, com aquele sorriso que ele sabia ser capaz de destruir qualquer resistência sua.
— Mas não podemos, não é? — ela respondeu, traçando círculos no peito dele com os dedos. — A guerra ainda não acabou.
Ele suspirou, apertando a mandíbula.
— Não. Ainda não. — Disse sério, olhando para o teto. — O que encontramos ontem... é só a ponta do iceberg. Bruno não agiu sozinho. Tem gente grande por trás dele. E se não acabarmos com isso agora... eles