A noite chegou pesada. A cidade parecia respirar tensão, como se soubesse que algo prestes a acontecer mudaria tudo.
Luna estava na cobertura, sentada no sofá, olhando a vista. Mesmo depois do dia intenso, das prisões, dos escândalos, da catarse que veio com a queda dos traidores... algo ainda não estava certo. Ela sentia.
Leonel surgiu na porta da varanda, com um copo de uísque na mão. Seu semblante, normalmente calmo e seguro, estava mais fechado, tenso. O que não escapou aos olhos atentos de Luna.
— O que houve? — ela perguntou, franzindo o cenho.
Ele se aproximou, sentando-se ao lado dela. Passou o braço por seus ombros, apertando-a contra o peito.
— Rafael descobriu algo. — disse, olhando para frente, para a cidade que brilhava lá embaixo. — Algo que não esperávamos.
Ela virou-se, segurando seu queixo, obrigando-o a encará-la.
— O quê?
Ele respirou fundo, apertando o copo entre os dedos.
— Alguém financiou tudo. Bruno era apenas uma marionete. — sua voz ficou mais grave. — Existe