Eram quatro horas da tarde quando Catarina regressou, acompanhada de Rebeca. O sol entrava pelas janelas do ateliê, tingindo o ar de um dourado suave que fazia brilhar as fitas e os frascos de loções sobre a bancada. Elisa costurava junto à janela, e o leve som do tecido sendo cortado se misturava ao perfume de lavanda e alecrim que impregnava o ambiente.
— E então, o que achou de Vinícius? Ele gostou de você. — perguntou Rebeca, balançando o vestido amarelo de tecido leve e ajeitando o chapéu de palha que sombreava o rosto risonho. As duas haviam passado o dia nas terras do noivo de Judite, irmã de Rebeca; lá, o jovem Vinícius Machado, amigo do futuro cunhado, não desviara os olhos de Catarina.
Elisa, ao ouvir o nome, ergueu ligeiramente o rosto, os dedos ainda firmes na agulha.
— Está conhecendo rapazes, Catarina? — perguntou com um tom calmo demais para disfarçar o incômodo.
O amor durou pouco por aquele rapaz, e depois de tanto alarde de ciúmes contra a minha irmã... — pensou