Na manhã seguinte, o sol dourava os jardins quando Olívia chegou à casa de Eleonor acompanhada da filha. O perfume das flores recém-regadas misturava-se ao leve aroma de lavanda que vinha do ateliê ao fundo, onde Elisa ajudava a irmã Patrícia na confecção de sabonetes e loções.
Eleonor as recebeu à porta com um sorriso cordial. O vestido azul-claro de linho e o coque bem preso davam-lhe uma elegância natural.
— Sejam bem-vindas. — disse ela, abrindo espaço para que entrassem. — Estava justamente preparando o chá da manhã.
— Agradecemos, querida. — respondeu Olívia, retirando as luvas antes de atravessar o corredor. — Temos muito o que conversar sobre o casamento dos nossos filhos.
Lívia, caminhava ao lado da mãe com olhos atentos, absorvendo cada detalhe: o brilho das porcelanas, o cheiro de cera de abelha no ar, o tilintar distante de uma chaleira no fogão.
— Eu queria ser dama de honra, se Elisa concordar. — disse ela, com um sorriso doce e um toque de timidez juvenil.
Eleono