Mas Alina ignorou. Não queria participar daquela encenação. Não queria invadir um espaço que não era seu. Pelo menos, não naquela noite.
Após os parabéns, Joaquim foi cercado por empresários e socialites querendo fotos. Clara desapareceu entre os
convidados e foi direto até Alina, que estava perto da entrada do salão externo.
— Festa bonita, não? — Disse Clara, sorrindo com superioridade. — Joaquim sempre foi bom nisso.
Alina manteve a postura.
— Você parece estar se divertindo.
— Ah, querida, eu tive um momento maravilhoso com ele hoje... no escritório. Conversamos como nos velhos tempos. Sabe como é, coisas que só quem teve uma história de verdade entende...
Alina a encarou, mas não respondeu. Seu coração apertava, os olhos ardiam. Foi quando Joaquim a viu de longe. Pediu licença e marchou até elas.
Alina o viu se aproximar e, com um sorriso irônico, murmurou:
— Não vou atrapalhar vocês dois. Divirtam-se.
Ela se virou e saiu, sem ouvir a resposta. Joaquim parou diante de Clara, fur