E ali, no meio de uma multidão, sob luzes piscando e a batida da música ao fundo, eles se beijaram outra vez. Um beijo que selava algo mais profundo do que uma reconciliação — um pacto silencioso entre duas pessoas que, apesar dos
choques, estavam dispostas a lutar para se entender.
O show seguia com intensidade. As luzes vibravam no ritmo da música e o som parecia atravessar o corpo. Alina estava empolgada, cantando junto com a banda, mas vez ou outra seu olhar era puxado por algo incômodo — as mulheres. Elas olhavam para Joaquim como se ele fosse o próprio show.
Alina observava de longe algumas moças se aproximarem demais, sorrirem demais, jogarem os cabelos e se esbarrarem nele sem necessidade. E Joaquim, embora não desse abertura, mantinha aquele ar sério e misterioso, o que parecia atrair ainda mais atenção.
Ela se aproximou dele e cruzou os braços.
— Tá gostando da popularidade? — perguntou, meio brincando, meio irritada.
Joaquim ergueu uma sobrancelha, achando graça.
— Ciúmes,