O sol da manhã invadia o salão de chá da mansão, onde Joana Santos, matriarca temida e controladora, tomava seu café com a elegância de quem está sempre pronta para manipular o mundo ao redor.
Isadora entrou esbaforida, ainda vestida com a mesma roupa com que estivera no carro. Seus saltos ecoaram no piso de mármore, chamando atenção dos empregados e interrompendo a paz da manhã.
Joana levantou os olhos com um leve arqueamento de sobrancelha.
— “Isadora? A essa hora?”
— “Madrinha...” — ela ofegava — “Hoje eu a vi. Vi com meus próprios olhos. Era ela.”
Joana pousou a xícara devagar no pires de porcelana fina.
— “Ela quem, minha querida?”
Bruno apareceu na porta da sala, segurando um jornal debaixo do braço, ouvindo a conversa.
— “Aonde você viu ela?” — interrompeu com a voz firme, o sangue já começando a ferver.
Isadora virou-se rapidamente para ele, os olhos em chamas.
— “Rafaella. Com aquele moleque, Matheus. No condomínio Jardim Belvedere. Ela está morando lá, com aquele... Santiago