Santiago apertou com leveza a mão de Rafaella, ainda sentindo a pele fria dela, mas agora com vida. O bip constante da máquina continuava marcando o compasso da esperança. Quando seus olhos se abriram devagar, como se lutassem contra o peso do mundo, Santiago conteve o choro. Ela estava de volta.
— Amor... você acordou... — disse ele com a voz embargada.
Rafaella não respondeu de imediato. Seu olhar vagava, confuso, até que seu corpo reagiu instintivamente. Ela levou a mão ao ventre, um gesto silencioso, mas gritado pela alma. Santiago sorriu e cobriu a mão dela com a dele.
— Nosso bebê está bem. Está salvo. E você também. — Uma lágrima escorreu pelos olhos dela, e ele se apressou em secá-la com carinho.
A emoção que tomou conta de Santiago era mais do que alívio. Era um reencontro com a vida. A mulher que quase lhe fora arrancada estava ali, vulnerável, mas viva. Ele se levantou com pressa, sem querer se afastar, mas sabendo que precisava contar àqueles que aguardavam por qualquer no