O grito de Rafaella ecoou pelas paredes como um estalo que quebrava anos de silêncio forçado.
— “Nunca fui sua esposa, Bruno!” — ela gritou com o rosto em chamas e lágrimas ardendo nos olhos. — “Pra você, eu nunca passei de um contrato. Um joguete. A sua verdadeira esposa era a Isadora. E eu... eu era só uma obrigação. Uma mulher trancada naquela fazenda, anulada, usada.”
Ela deu um passo à frente, a raiva e a dor fervendo em cada palavra:
— “Mas eu fugi. Eu construí outra vida. E vou fugir de novo. Você não manda mais em mim. Nem você, nem Santiago, nem homem nenhum tem o direito de brincar com a minha vida! Entendeu isso? Eu sou dona de mim!”
Bruno engoliu em seco. O rosto dele se contorceu, sentindo o peso daquelas palavras como facadas. Ele tentou se aproximar, mas Rafaella ergueu a mão como uma arma.
— “Não encosta em mim.” — disse firme, a voz embargada pela emoção. — “Eu sinto nojo de você. Nojo de tudo que representou.”
Lágrimas rolavam agora livremente por seu rosto. E mesmo