Dentro do salão, as risadas ecoavam alto. Santiago erguia a taça com orgulho:

— “Mais uma! Ganhamos de novo, Antonella!” — exclamou, e a envolveu em um abraço apertado, os dois rindo como se estivessem em perfeita harmonia.

Antonella sorriu vitoriosa, mais para Rafaella do que para o jogo. Por dentro, ela sabia que aquele era o primeiro ponto real que marcava contra a rival. E Santiago... bem, pela primeira vez em dois anos, não notou a ausência de Rafaella ao seu lado.

— “Vocês nasceram pra isso! Santiago e Antonella... a dupla imbatível!” — brincou Junior, com um sorriso enviesado, satisfeito com a pequena ferida que aquela noite parecia abrir.

— “Mais bebida aqui!” — gritou Flávio, já animado demais. Os copos enchiam, as cartas deslizavam sobre a mesa, e ninguém percebeu que Rafaella havia saído.

Exceto Junior, que viu seu vestido vermelho desaparecer pela varanda. Não disse nada. Pelo contrário, gostava da ideia de Antonella ganhando espaço. Achava que Santiago deveria estar com a