A noite caiu sobre a fazenda do café, cobrindo os campos com um véu prateado e silencioso. A varanda ampla da casa principal estava iluminada por pequenas lanternas rústicas penduradas entre as colunas de madeira. Uma mesa para dois foi posta ali com requinte, flores frescas no centro e pratos delicadamente arrumados.
Santiago estava de camisa branca dobrada nos cotovelos, sentado, observando as chamas tremulantes de uma vela quando Rafaella surgiu, envolta em um vestido leve e elegante, os cabelos soltos caindo sobre os ombros.
— Você está linda, — ele disse ao se levantar, puxando a cadeira para ela.
— E você está… tentando me conquistar de novo, Dom Andrade? — ela provocou, sentando-se com um sorriso.
— Se eu estiver, está funcionando?
Ela apenas riu em resposta, desviando o olhar brevemente.
A empregada trouxe os pratos — comida simples, mas deliciosa: risoto de cogumelos, carne assada ao vinho e legumes frescos da fazenda.
— Eu senti falta disso. Da calma… do barulho do campo à n