O relógio marcava 7h03 quando o celular de Narelle vibrou na mesinha de cabeceira.
Ela ainda estava aninhada contra o peito de Rhaek, o cheiro morno dele confundindo seus instintos de fêmea e guerreira. Um momento raro de paz.
— Atende, — murmurou ele, a voz rouca de sono.
Narelle estendeu a mão. Ao ver no visor o contato da babá, seu estômago se contraiu.
— O que foi? — atendeu sem disfarçar o mau humor.
A voz do outro lado estava trêmula.
— Senhora... eu... não consegui...
O peito de Narelle se fechou.
— O que você não conseguiu?
— Eu... nós estávamos chegando na escola... ele viu o pai... e...
— O quê? Que pai? Rhaek está aqui
— Não senhora, o Sr. Kael. Ele correu. Correu antes que eu pudesse segurá-lo. Pulou nos braços dele... e o carro arrancou.
Narelle se sentou de imediato, o lençol escorregando pelos ombros.
— Você está me dizendo que Kael pegou meu filho?
— Eu... eu sinto muito, senhora. Eu...
Ela desligou sem responder.
— Narelle? — Rhaek se endireitou, alerta. — Que diabos