RENZO ALTIERI
O holograma flutuava diante de mim, mostrando as manchetes do dia, as notícias quentes da tragédia que havia consumido a cidade apenas algumas horas antes. Cada página, cada jornal digital, cada canal de notícias online falava sobre o mesmo tema: a tragédia, o caos, o horror. E ali, no centro de cada manchete, estava o nome do meu filho.
Eu observei, imóvel, enquanto as palavras passavam diante dos meus olhos. As manchetes eram dramáticas, exageradas, como sempre eram, mas havia algo que me deixava aliviado: não havia fotos do meu filho. Nenhuma imagem dele aparecia nas matérias, nem de minha esposa. Um leve sorriso se formou nos meus lábios, e eu agradeci mentalmente a Marvin. A minha IA havia sido eficiente, rápida e impecável.
Suspirei, mas não de cansaço. Cansaço não existia mais para mim. Desde que Zael me deu a imortalidade, o que antes eram limitações humanas — fadiga, dor, fraqueza — haviam se tornado lembranças distantes, quase irreais. Estava com sono, sim, ma