RENZO ALTIERI
O relógio marcava exatas dez e quarenta da noite quando o jatinho tocou o solo do Aeroporto Internacional do Galeão. As rodas chiaram contra o asfalto quente e úmido do Rio de Janeiro, como um aviso silencioso de que a Fera havia chegado.
A cabine ainda estava em silêncio quando me levantei. Marino veio logo atrás, ajustando a gola do sobretudo escuro enquanto pegava a arma no coldre sob o paletó. O som metálico e o peso do armamento encaixando em sua cintura ecoaram como uma sinfonia de guerra. Cada movimento nosso tinha um propósito, uma intenção. A missão estava apenas começando.
A porta do jato foi aberta de dentro, e uma lufada de ar quente e pegajoso entrou imediatamente, roçando meu rosto por baixo da máscara de caveira. A umidade do Brasil me repugna. Não combina com o meu estilo. Mas aqui estamos.
Desci as escadas de metal com passos lentos e seguros, os olhos varrendo o ambiente. Quatro SUVs pretas estavam estacionadas a poucos metros da pista, todas li