A Arte da Discórdia
Francine cruzava os corredores do hospital com passos lentos e firmes. Cada centímetro daquele lugar lhe parecia familiar e agora ameaçado.
Caleb andava ocupado demais, envolvido com Ava, com Helena, com tudo, menos com ela.
Ela precisava ser necessária novamente. Precisa que Caleb a visse como a única capaz de manter de pé o império que ele e Sofi construíram. E, para isso, havia uma regra simples:
Criar o caos e ser a única a oferecer ordem.
Na recepção da clínica, Ava sorria para uma paciente enquanto preenchia um formulário.
Era natural nela, aquela forma doce de tratar as pessoas. Isso irritava Francine profundamente. Mas ela precisava agir com cautela.
Aproximou-se com um maço de papéis nas mãos e uma expressão séria.
— Ava, posso falar com você um minuto?
Ava se levantou de imediato.
— Claro, doutora.
Francine sorriu com delicadeza, inclinando-se como quem compartilha algo confidencial.
— É sobre um agendamento duplicado. A senhora Lucinda veio hoje cedo