Fendas Invisíveis
O relógio marcava sete da manhã quando Francine entrou sorrateiramente na ala administrativa do hospital. Trazia em mãos uma pasta discreta, contendo cópias de prontuários e registros de ligações documentos que Ava nunca manuseou, mas que, em breve, estariam conectados ao seu nome.
Na noite anterior, ela havia permanecido acordada, preparando tudo com precisão. Incluiu anotações rasuradas, um agendamento falso com assinatura parecida à de Ava, e até um e-mail impresso com remetente alterado, acusando a atendente de desorganização.
Tudo falso. Mas convincente.
Mais tarde, na sala da diretoria, Caleb examinava os papéis com as sobrancelhas arqueadas. Francine estava de pé, braços cruzados, mantendo uma expressão de leve desconforto.
— Eu relutei em trazer isso, Caleb. Juro que sim. Mas quando a imagem da clínica está em risco, eu não posso me calar.
— Você está dizendo que a Ava agiu com negligência médica?
— Não. Mas os erros administrativos podem parecer is