O carro preto deslizou até a frente da empresa, reluzindo sob o sol da manhã. João saiu primeiro, impecável em seu terno, e estendeu discretamente a mão para Irina. Ela desceu em seguida, elegante, em um conjunto sóbrio de saia lápis e blazer ajustado, mas com toques sutis de sensualidade que não passavam despercebidos.
Os flashes dos olhares se voltaram para ela assim que atravessou a entrada. Funcionários cochichavam, admirados, sem acreditar que aquela mulher, antes invisível dentro da mansão, agora caminhava ao lado de João como sua secretária oficial.
Irina sustentava o olhar erguido, cada passo calculado. Sua loba rugia por dentro:
— Estamos livres… ao menos por hoje.
No entanto, a sombra não demorou a se revelar. Poucos passos atrás, Juli surgia. O salto alto ecoava com irritação contida, o sorriso falso estampado no rosto. Quem a visse de fora poderia achar que ela estava apenas acompanhando o marido — mas na verdade, Juli não tirava os olhos de Irina, como uma predadora prest