Irina saiu da sala de João com aquele sorriso que dizia mais do que qualquer palavra. Não era arrogância, era confiança. Ela desceu as escadas com passos tranquilos, ignorando o mundo ao redor. Ao entrar no carro, o cheiro estranho atingiu seu olfato antes que conseguisse identificar.
Antes que pudesse reagir, uma mão firme agarrou seu braço. Instintivamente, tentou se soltar, mas a força era maior.
— Que diabos… — murmurou, a voz firme, quase desafiadora, mesmo enquanto a visão começava a se turvar.
Irina acordou sentindo o peso do mundo sobre o peito. Estava amarrada a um banco, em um lugar escuro onde mal podia distinguir formas. A dor em seu peito era aguda, diferente de qualquer sensação que já tivesse experimentado.
Movendo os olhos lentamente, notou algo estranho em seu braço: uma pequena marca, como uma queimadura. A memória voltou aos fragmentos do sequestro, e então a percepção se ampliou — alguém havia injetado prata em suas veias.
O efeito foi quase imediato. Ela mal