A reunião terminou sem maiores incidentes, mas a presença do Sr. Freitas ainda ecoava em cada canto da sala. Irina recolhia os papéis, tentando manter o semblante neutro, quando uma sombra se projetou sobre a mesa.
— Espero que ainda tenha alguns minutos… — disse ele, a voz grave e carregada de um charme perigoso. — Aceitaria um café comigo?
Irina ergueu os olhos lentamente, avaliando se deveria recusar. Mas havia algo na forma como ele a encarava que tornava impossível dizer não. Era como se a recusa não fosse uma opção.
Eles desceram até a cafeteria elegante da própria empresa. O aroma de café fresco preenchia o ar, mas Irina mal conseguia respirar. Estava atenta a cada gesto dele.
Sentaram-se frente a frente. Ele se inclinou levemente, olhando diretamente em seus olhos, como se saboreasse o momento.
— Sabe… — começou, mexendo o café com calma. — Você pode enganar a muitos aqui… mas não a mim.
Irina estreitou os olhos.
— Não sei do que está falando.
O sorriso dele se abriu,