O homem saiu com o corpo ainda úmido e o rosto sombrio. Estava com apenas uma toalha enrolada na cintura, deixando todo o torso à mostra.
Eu vi com clareza os ferimentos espalhados por seu corpo. As feridas, embora não fossem profundas, eram numerosas, de tamanhos e comprimentos variados. Se distribuíam pelo peito, pela cintura e também pelos braços. Algumas ainda estavam sangrando.
Mas o homem parecia não sentir nada enquanto caminhava em direção à cama.
Mesmo assim, ele continuava falando em cortar a mão do Ricardo, e foi sorte do Ricardo não ter sido atingido. Sabia que não conseguiria vencer, mas insistia em se vingar por causa do orgulho ferido. Um homem tão impulsivo e irracional… Eu realmente achava difícil acreditar que aquele fosse o George.
George subiu na cama e se recostou na cabeceira, olhando o celular como se eu não existisse.
Eu também não disse nada e, em silêncio, fui até a mesinha procurar o creme para queimaduras no estojo de primeiros socorros. Mesmo sentindo dor,