Mas a mão dele continuava firme no meu queixo. George apertava ainda mais, com os olhos fixos em mim.
— Se ele estivesse no país naquela hora, você teria procurado o Bruno para ajudar a pagar a dívida da sua família e, depois, viraria mulher dele, né?
— Claro que não!
Independentemente do que eu teria feito naquela situação, não tinha como dar outra resposta. Não era a única coisa que podia falar agora. Achei que talvez isso pudesse amenizar a raiva dele e, quem sabe, ele soltasse meu queixo.
Mas, ao invés disso, ele perdeu completamente a paciência e gritou comigo:
— Valentina, você acha mesmo que ele gosta de você? Sabe por que ele se aproximou de você naquela hora? Foi porque...
— Chega! — Interrompi.
"Era irritante. Primeiro me disseram que o George tinha outra mulher no coração e que jamais gostaria de mim. Agora, ele quer dizer que o Bruno também nunca gostou de verdade, que tinha outros motivos para se aproximar. Por quê? Eu sou tão desprezível assim? Não mereço que ninguém gost