George nunca tinha fumado na minha frente antes. Agora, eu o via com um cigarro na mão o tempo todo. Não sei como ele conseguia segurar o vício antes. Se ele era capaz de controlar as emoções e desejos, como não controlava isso?
Ele estava recostado no banco do carro, com a mão que segurava o cigarro apoiada no volante.
Olhos fixos na estrada à frente, o corpo relaxado de um jeito quase provocante. Quando a fumaça escapou dos seus lábios, por um instante, ele pareceu um pouco sedutor.
Fiquei chocada comigo mesma por ter pensado isso. Estava prestes a desviar o olhar, mas sua voz fria me trouxe de volta:
— Saia.
Meu coração deu um salto. Olhei para ele sem entender.
George não desviou os olhos do caminho à frente. O rosto permanecia frio, como uma pedra de gelo.
— Quem disse que você podia entrar? Saia agora.
O quê? Achei que ele ainda estivesse ali esperando por mim. Quando falou que só sairia depois de terminar o cigarro, achei que fosse uma desculpa. Afinal, dava para dirigir enquant