Ouvi ele dizer:
— Espere um pouco, já vou.
Enquanto falava, ele se afastou de mim, sem demonstrar o menor resquício de apego.
Ele parecia já ter esquecido completamente a minha existência. Se vestiu apressadamente e saiu do quarto sem sequer me lançar outro olhar.
A porta se fechou, e o ambiente ficou subitamente silencioso de uma forma assustadora.
O clima de ambiguidade, a cama desarrumada e as marcas constrangedoras no meu corpo só tornavam tudo ainda mais irônico.
Senti meus olhos arderem com uma sensação amarga e intensa.
Logo, uma camada de névoa surgiu diante dos meus olhos, a ponto de até a luz parecer turva e distorcida.
Respirei fundo, segurando as lágrimas.
"Por que eu devo chorar? Eu sei que a pessoa que ele ama é a Mariana. Na verdade, ainda me sinto um pouco confusa. Se ele gosta tanto da Mariana, se importa tanto com ela, então por que ele quer ter relações comigo? Por que ainda quer que eu o dê um filho? Ter um filho dói, prejudica o corpo. Será que ele tem medo de que