O olhar dele esteve profundo e intenso, me fitou diretamente, como se quisesse me devorar.
Assustada, recuei e disse:
— Você... Você vai tomar banho, e depois dormir... Dormir.
George se aproximou, já com vários botões da camisa abertos, deixando à mostra grande parte de seu peito forte.
Engoli em seco e ergui o rosto para olhá-lo.
Eu conhecia muito bem aquele olhar dele.
Sempre que ele era tomado pelo desejo, era daquele jeito que ele me olhava.
Mas, naquele momento, eu realmente não queria fazer aquele tipo de coisa com ele.
Meus joelhos e minhas palmas ainda doíam, e a imagem de sua expressão cruel e violenta daquele dia continuava vívida em minha mente.
Por isso, eu simplesmente não conseguia. Havíamos acabado de brigar, e parecia impossível agir como se nada tivesse acontecido e simplesmente me deitar com ele.
Enquanto meu coração permanecia em desordem, George já se inclinou sobre mim.
Ele se apoiou dos dois lados do meu corpo, me prendeu contra a cabeceira da cama, com os olhos