Capítulo 31

O cheiro de café preenchia a casa quando Clara desceu as escadas envolta no casaco de moletom que Sol havia deixado dobrado na cadeira. Os pés descalços tocaram o chão frio de madeira, e ela foi guiada por sons suaves vindos da cozinha.

André cantarolava em francês — algo sobre manhãs e flores, talvez — enquanto colocava duas canecas lado a lado. Sorriu quando a viu.

— Dormiu bem?

— Dormi. — ela respondeu, sincera. — Acho que o silêncio aqui me ajuda a descansar.

— Aqui o silêncio é programado, quase sagrado. E tem café fresco também.

Ele entregou a caneca com um gesto gentil. Clara agradeceu com um sorriso pequeno.

Sol apareceu segundos depois, ainda com o rosto semi-amarrotado do travesseiro e um coque torto no alto da cabeça.

— Tem planos pra hoje? — perguntou, bocejando.

Clara hesitou. Quase disse “não sei”. Mas então lembrou do envelope guardado dentro do caderno.

A carta.

Ainda fechada.

Guardada desde que Elias a entregou, alguns dias antes. Ela ainda não soubera como, ou quando
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App