Noah passava os olhos pelo prontuário eletrônico do paciente 3B quando ouviu a porta da sala de descanso bater com pressa. Era o quarto dia seguido que ele mal parava para almoçar — e o hospital parecia conspirar para nunca deixá-lo sair antes das oito da noite.— Dr. Bennett, a paciente do 2C teve uma leve elevação na pressão intracraniana. Dra. Langston está monitorando, mas pediu sua avaliação.— Estou indo — respondeu, já de pé, jaleco limpo, olhar atento.Noah caminhava pelos corredores como quem fazia parte do próprio hospital: os pés sabiam o caminho, os olhos escaneavam detalhes, os ouvidos captavam o que ninguém dizia. Era assim que ele salvava vidas — em silêncio, com precisão, quase invisível.Quando chegou à UTI neurológica, encontrou a residente já à beira do leito.— Ela está estável, mas o edema parece ter avançado discretamente — explicou Langston.Noah leu os gráficos com rapidez, depois se aproximou da paciente. Observou o padrão respiratório, o leve tremor nos dedos
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