Capítulo 32

O escritório de Sol e André havia se transformado em algo entre um abrigo e um lugar de retorno.

As paredes continuavam brancas, com prateleiras de livros de direito e caixas organizadas por cores e etiquetas. Mas agora havia também cavaletes, pincéis, papéis soltos e pequenos potes com restos de tinta.

Clara passava boa parte dos dias ali, sozinha. Às vezes com fones de ouvido, outras apenas ouvindo o ranger discreto da casa de madeira. O som das folhas no quintal, o latido breve de um cachorro ao longe.

Sentia-se em paz. Mas não inteira.

Era como se uma parte dela ainda estivesse submersa.

E, mesmo assim, toda vez que mergulhava numa nova tela, algo emergia.

Flashes.

Não imagens nítidas, nem memórias completas. Mas sensações.

Como a lembrança de uma música que você ainda não sabe cantar, mas reconhece o tom.

Naquela manhã, André havia saído cedo para o tribunal, e Sol trabalhava no andar de cima, concentrada em planilhas jurídicas e contratos.

Clara estava no ateliê improvisado.

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