Ela…
A empresa estava em silêncio naquela manhã. Silêncio oco.
O tipo de silêncio que, ao invés de confortar, escancara o vazio.
Eu me tranquei na minha sala assim que cheguei.
Não cumprimentei ninguém.
Não olhei para os lados.
Não disfarcei.
Não quis.
Meu olhar fixo na tela do computador, mas o documento aberto era só uma desculpa.
A mente estava a mil quilômetros dali — ou melhor, no momento exato em que abri aquela maldita porta e vi a camisa dele no corpo dela.
Senti um arrepio, daqueles que percorrem a espinha e fazem o corpo inteiro querer fugir de si mesmo.
A respiração falhou por um instante, e eu fechei os olhos.
O quanto eu fui burra?
O quanto me deixei levar por olhares, palavras e aquele charme envenenado que Klaus tem desde que o conheci?
— Idiota — murmurei para mim mesma.
— Completamente idiota.
Estava afundada nesse poço de autocomiseração quando a porta da minha sala se abriu suavement