Ela…

Eu sabia que ele viria.

Claro que viria.

Gregori Klaus não era o tipo de homem que aceitava portas fechadas.

Ainda mais quando era ele quem costumava bater — e vê-las se abrir.

Mas essa não.

Essa ele arrombou por dentro, e agora encontraria o que restou do lado de cá: silêncio, cacos e uma mulher reconstruindo seus próprios limites com as mãos sangrando.

Bati os olhos no relógio. 19h47.

Mais cedo do que eu esperava.

Três batidas na porta.

Sólidas.

Firmes.

Típicas dele.

Fechei o livro que fingia estar lendo.

Respirei fundo e caminhei até a porta com o coração batendo mais por irritação do que por qualquer outro sentimento.

Abri.

E lá estava ele.

Klaus.

Impecável como sempre, mas… desfeito por dentro.

Os olhos estavam fundos, como se ele não dormisse desde a última vez que nos vimos.

A barba por fazer.

O maxilar trincado.

E aquele olhar…

Aquele maldito olhar que tentava me desarm