Lucas já havia desligado o abajur quando ouviu, com nitidez, a voz desesperada de Alis ecoando pela casa:
— LUCAS!
O grito o fez sentar-se imediatamente na cama, o coração disparado. Antes que pudesse se mover, dois tiros ressoaram — sons secos, violentos, vindos do andar inferior.
Assustado, Lucas pulou da cama e correu até o corredor. Estava prestes a alcançar a porta do quarto de Alis quando sentiu um impacto forte nas costas. Cambaleou, perdeu o equilíbrio e caiu no chão.
Virou-se de imediato, pronto para reagir, mas paralisou ao ver um homem encapuzado, vestido de preto, apontando um rifle diretamente para ele.
— Desce! — ordenou o invasor, indicando com a cabeça a direção das escadas.
Lucas franziu a testa. A voz lhe pareceu familiar, mas não conseguiu identificar de imediato a quem pertencia.
Apesar da ameaça clara, ele hesitou, lançando um olhar aflito para a porta do quarto de Alis. Pensou, por um instante, se teria alguma chance de dominar o homem e salvá-la. Mas ao fazer me