Capítulo 25: Manoela Ferraz
A primeira coisa que sinto é o frio do lençol contra minha pele e o cheiro forte de desinfetante. Tento abrir os olhos, mas a claridade me corta como uma lâmina. Minha cabeça lateja, pesada, e cada movimento faz minha têmpora pulsar como se fosse explodir.

O coração dispara, porque não sei onde estou.

Minhas mãos tremem ao tatear o colchão duro sob mim, e quando finalmente consigo focar, percebo que não estou em casa.

Estou em um hospital.

O pânico me toma de assalto.

Será que Roger me trouxe?

Será que ele está aqui?

Minha respiração fica curta e sinto uma pressão no peito, como se o ar tivesse desaparecido do quarto. Tento me erguer, mas uma voz firme e calma me interrompe:

— Não, querida, não se mova agora. — Uma médica de jaleco azul segura meu braço suavemente, enquanto ajusta os aparelhos ao meu lado. — Você acordou, que bom. Consegue me ouvir bem?

Engulo em seco e aceno com a cabeça. Minha voz falha quando tento responder:

— S-sim.

Ela me observa com atenção, como se procurasse a
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